Parte III | A Vila de São Paulo e a expansão paulista (1590- 1640)

  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Referências

    Bibliografica: — DAVIDOFF, Carlos.  Bandeirantismo: verso e reverso. São Paulo: Brasiliense, 1982. (Coleção Tudo é História) -ARRUDA, José Jobson de Andrade.  São Paulo nos séculos XVI-XVII.  Coleção História Geral do Estado de São Paulo, V1.  Coordenação Geral: Marco Antonio Vila.  São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Poiesis, 2011. – BOGACIOVAS, Marcelo Meira Amaral.  Cristãos Novos em São Paulo (séculos XVI-XIX): assimilação e nobilitação.   São Paulo: ASBRAP, 2015. – BOXER, Charle R.  A Idade de Ouro no Brasil: dores de crescimento de uma sociedade colonial.  2ª. Ed., São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1963. – BRUNO, Ernani Silva.  História e... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | A expansão paulista

    No ano em que teve fim o período da União Ibérica (1580-1640), a vila de São Paulo já se constituía um posto avançado da colonização portuguesa e havia se transformada em polo para a continuidade do movimento de expansão europeia nesta parte do território brasileiro. A partir da criação da vila de São Vicente em 1532 ocorreu a expansão pelo litoral com a criação das vilas de Santos (1545), Nossa Senhora da Conceição de Itanhaem (1561), Nossa Senhora das Neves de Iguape (1577), São João Batista de Cananéia (1600), São Sebastião (1636) e Exaltação da Santa Cruz do Salvador de... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | 1640: agitações e tensões

    O ano de 1640 foi marcante para a história de São Paulo.  Vários acontecimentos agitaram a pequena vila e seus arredores.  Entre eles a expulsão dos jesuítas, como foi exposto anteriormente, a Restauração portuguesa, a aclamação de Amador Bueno e a eclosão do conflito entre os Pires e os Camargos. A Restauração portuguesa pôs fim à unidade política que regeu a península ibérica a partir da crise da sucessão portuguesa em 1580.  A partir de então houve a união entre as duas monarquias e de suas respectivas possessões coloniais, sob o controle da monarquia espanhola.  Durante o período reinou a... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | O crescimento da vila e seus habitantes.

    No planalto paulista foi aos poucos desenvolvendo uma economia complementar à economia mundial.  A vila de São Paulo passou a desenvolver uma agricultura comercial, fortaleceu os alicerces de uma economia agrícola complementada com a criação de bovinos e de outros animais.  O resultado foi um grande surto de crescimento registrado ao longo das primeiras três décadas do século XVII, acompanhado da expansão da agricultura, da distribuição e ocupação de novas terras ampliando as suas fronteiras o que provocou o surgimento de novos bairros e a criação de novas vilas. A novidade ficou por conta do início da plantação de trigo,... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | As novas ordens religiosas

    A partir do final do século XVI a vila de São Paulo, além dos jesuítas, passou a receber outras ordens religiosas.  A construção de suas respectivas igrejas trouxe novidades e alterações no cenário e no seu cotidiano. A primeira a chegar foi a Ordem do Carmo. Data de 1592 a autorização para edificar seu convento e igreja que ficaram prontos em 1594. Os Beneditinos vieram em seguida, no ano de 1598.  A eles a Câmara da Vila de São Paulo concedeu uma área próxima ao Colégio de São Paulo onde edificaram uma humilde capela que mais tarde deu origem ao... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | O conflito com os jesuítas

    Em torno da questão indígena aflorou outro conflito que marcou a vida da vila de São Paulo na primeira metade do século XVII: o confronto entre os moradores do planalto com os padres da Companhia de Jesus. Os jesuítas defendiam a liberdade dos indígenas e que as aldeias eram suas, sentindo senhores do espiritual e no temporal e só deviam obediência ao papa. Para os colonos o escravismo constituía uma forma objetiva para garantir a mão de obra abundante e barata nos trabalhos da lavoura e outras atividades necessárias.  Dificuldades que aumentavam devido à facilidade com que os indígenas se... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | A Inquisição portuguesa e a caça aos judaizantes

    A Inquisição foi instaurada em Portugal em 1536 e sua longa atuação se estendeu até 25 de maio de 1773 quando decreto real acabou com as diferenças entre o cristão novo e o cristão velho. Pela sua obscuridade parece estar inserido na Idade Média, mas pertenceu à Idade Moderna e se fez presente em todo período colonial brasileiro. No Brasil a primeira notícia concreta da atuação da Inquisição se deu em 1546, dez anos após a sua instalação em Portugal, com a prisão de Pero do Campo Tourinho, donatário da Capitania do Espírito Santo.  E em São Paulo com o... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Cristãos Novos esparramados

    A partir do movimento de expansão paulista foram criadas novas vilas próximas a São Paulo e nelas era notória a presença de cristãos novos. Na vila de Santana da Parnaíba, por exemplo, fundada pelo cristão novo e bandeirante André Fernandes em 1625, havia muitos deles. Na vila de Santana da Parnaíba, por exemplo, fundada pelo cristão novo e bandeirante André Fernandes em 1625, havia muitos deles.   Um dos mais conhecidos foi Gonçalo Simões Chassim, português nascido em 1636.  No Brasil se casou com Maria Leme de Brito, em 1659, ou Maria Leme Avarenga que era natural de SP ou... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Os cristãos novos na vila de São Paulo

    A vila de São Paulo de Piratininga desde seus primórdios contou com a presença e a contribuição de judeus convertidos ao catolicismo, os denominados de cristãos novos. Uma das importantes famílias de cristã novos estabelecida em São Paulo foi a de Pedroso de Barros ou Vaz de Barros, representadas pelos irmãos Antônio Pedroso de Barros e Pedro Vaz de Barros.  A fama dos Barros ser cristãos novos é confirmada em outros estudos dos historiadores como Américo de Moura (1952) e por José Gonçalves Salvador (1976) e Marcelo Bogaciovas (2015). Os referidos irmãos passaram, em princípios do século XVII, de Portugal... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | A caça aos povos indígenas

    A escravização indígena e as expedições para capturá-los marcaram a vida na vila de São Paulo ao longo do século XVII. Os paulistas estavam localizados em uma região pobre, afastada do litoral e viviam da criação do gado e da cultura de subsitência.  Assim a escravidão indígena passou a ser uma necessidade e ao mesmo tempo uma atividade lucrativa. Por este tempo vivia-se sonhando com as riquezas minerais da “montanha dourada” e ao mesmo tempo havia a preocupação com a manutenção e ampliação da produção no campo, sendo para isto necessários a ampliação da mão de obra.  Com o aumento... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Os bandeirantes: as heresias

    Na vila de São Paulo, nos seus primeiros tempos, nas incursões pelo sertão se manifestou o mesmo espírito empreendedor, aventureiro, indômito e destemido que marcou a presença dos cristãos novos nos descobrimentos marítimos em direção ao mar desconhecido.  Sem receios dos perigos, das distâncias se puseram à caça aos indígenas e na busca de riquezas minerais. Em memorial escrito pelo Padre Jesuíta Francisco Crespo, Procurador Geral das Índias Ocidentais, durante os anos de 1631 e 1636, para Sua Majestade o rei da Espanha, têm-se inúmeras páginas de acusações sobre as investidas e atuação dos bandeirantes paulistas na província do Paraguai... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Os bandeirantes: a violência com os gentios da terra.

    As bandeiras devassaram sertões, abriram caminhos pelo interior, ampliaram as fronteiras do país para além das 370 léguas acordadas no Tratado de Tordesilhas pelas coroas Ibéricas em 1494 e prepararam o terreno para futuras descobertas das minas de ouro. Os bandeirantes passaram a serem reconhecidos como homens destemidos, conquistadores, aventureiros, dotados de espírito de liberdade e autonomia, que agiam motivados pelo desejo de riquezas e poder. Assim emergiu, nas palavras de Saint Hilaire, a “raça de gigantes”.  Fruto de uma nova raça representada pelo mameluco paulista favorecida pela capacidade, iniciativa e tenacidade paterna e a resistência física e a sabedoria... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | O bandeirantismo

    A partir de D. Francisco de Souza as bandeiras adquiriram novas formas de organização.  Elas passaram a ter feição militar, subdividindo-se em colunas e obedecendo a hierarquia. Organizavam-se expedições destinadas à descoberta do ouro e das riquezas minerais, contando com os incentivos da Coroa portuguesa.  As entradas, de iniciativa oficial, até então mal organizadas e sem roteiros pré-estabelecidos, tomaram o caráter de bandeiras.  Estas, disciplinadas com estandarte, feitio militar, ouvidores do campo, escrivães e capelania eram mais livres e podiam ser empreendimento de iniciativa oficial ou particular. A bandeira era uma unidade confiada a um chefe superior, o qual, por... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte III – A Vila de São Paulo e a expansão paulista | Em busca da “montanha dourada”

    A vila de São Paulo de Piratininga, apesar de apresentar caráter original e singular, fazia parte do contexto colonial brasileiro, subordinada às ordens e interesses da administração portuguesa.  Toda a sua formação esteva ligada as iniciativas das autoridades portuguesas.  Começou com Martim Afonso de Souza, que realizou as primeiras investidas no planalto.  Depois, com as iniciativas do Governo Geral, representantes de Portugal no Brasil. Tomé de Souza em abril de 1553 fundou a vila de Santo André a Borda do Campo; durante o governo de Duarte da Costa foi criado o colégio dos jesuítas, em janeiro de 1554.  E, coube... (Leia Mais)