Parte VII | Expansão colonial e formação histórica do Vale do Paraíba. (1645 – 1695)

  • #tempodemovimento | Parte VII | Referências

    Referências – Bibliográfica: – ABREU, Waldomiro Benedito de.  Pindamonhangaba – Tempo & Face. Pindamonhangaba: Prefeitura Municipal, Coleção Pindamonhangabaense, no. 01, 1977. – ALVES, Maurício Martins.  Caminhos da Pobreza: a manutenção da diferença em Taubaté. (1680 – 1729).  Prefeitura Municipal, Taubateana no. 18,  Taubaté: Prefeitura Municipal, 1998 – ANDRADE, Antônio Carlos de Argollo e ABREU, Maria Morgado de.  História de Taubaté Através de Textos. Taubaté: Prefeitura Municipal, Taubateana, no.17, 1996. . – BARBOSA, Benedicto Lourenço.  Nossas Origens.  Três Séculos de História de Aparecida.  SP. Vol. 1: Do Povoamento a Capela (1645-1745).  Aparecida: edição do autor, 2007. – BOGACIOVAS, Marcelo Meira Amaral. ... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | A salvação das almas

    O movimento dos paulistas em direção à região do Vale do Paraíba foi motivado pelo objetivo de assegurar a posse do território pelo donatário da Capitania de Itanhaem e pelo desejo de ampliar e expandir o poder metropolitano por extensa área colonial. A Igreja Católica unida ao Estado participou com o interesse específico de trabalhar pela conversão dos gentios ao catolicismo e promover a evangelização de seus habitantes. Um processo evangelizador “baseado no medo” que passou a rondar o imaginário dos colonos que se tornaram atormentados pelo o temor da morte e a salvação de suas almas.  Preocupações constantes exteriorizados... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | A arte em barro: os santeiros

    Para atender a devoção mariana e o culto dos santos manifestados no culto doméstico, nas pequenas ermidas, nas comunidades rurais, bem como nas vilas foram se multiplicando a produção de imagens de santos e de nossa senhora que resultaram na formação de uma tradição regional desde seus primeiros tempos. De início a produção de imagens foi influenciada pela tradição existente na vila de Mogi das Cruzes que se constituiu em uma zona de transição entre o vale do Rio Tietê e o vale do Rio Paraíba do Sul.  A partir da formação das primeiras vilas as influencia da arte sacra... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | A devoção mariana

    Os homens brancos e mamelucos que se fixaram no Vale do Paraíba a partir da primeira metade do século XVII trouxeram consigo e disseminaram a devoção e uma prática religiosa influenciada por uma forte devoção mariana. A devoção à mãe de Deus esteve sempre ligada à colonização portuguesa em suas colônias.  Quando Pedro Álvares Cabral aqui chegou em 1500 trazia em suas naus duas imagens da Virgem: um de Nossa Senhora da Piedade e outra de Nossa Senhora da Esperança. A figura de Maria passou a ser um referencial para a fé católica.  Houve uma continuidade na devoção alicerçada em... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | Carmelitas e Franciscanos

    A colonização oficial da região do Vale do Paraíba teve início com a criação das primeiras vilas entre os anos de 1645 a 1653.  Por esse tempo o conflito entre os colonos e os jesuítas ocorridos no planalto de Piratininga tinha sido resolvido com a expulsão dos membros da Companhia de Jesus e a perda da sua forte influência na vila de São Paulo e arredores.   Este acontecimento ajudou na aproximação dos colonos paulistas com outras ordens religiosas.  De tal forma que no Vale do Paraíba, no início de sua formação, ganharam destaque a presença dos carmelitas e franciscanos. Os... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | O catolicismo rústico e popular

    A devoção era rural.  Era no campo, onde residia a maioria dos colonos, que se praticavam as rezas, cultos e devoções.  Por todo o século XVII eles foram poucos numerosos e estavam distribuídos por um vasto território que se estendia da vila de Jacareí a vila de Guaratinguetá.  Viviam dispersos e não podiam contar com a presença de sacerdotes para atender as comunidades.  Fato que provocou o desenvolvimento de um catolicismo rústico. Foram nas fazendas, bairros rurais muito mais que nas poucas vilas que os fiéis se reuniam em torno das capelas para externar sua crença, a fé nos santos... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | As patentes militares

    Por esse tempo, “riqueza, cargos públicos e patentes militares formavam o conjunto de elementos capazes de elevar o status social de uma pessoa, por isso eram cobiçados por uns respeitados por todos.” (Lima,2011, 125,)  Dessa maneira o poder local se organizava e se desenvolvia com a posse de terras e de escravos, o exercício do mando político nos quadros da administração local e a ascensão a cargos na hierarquia militar. Portugal diferentemente de outros Estados Nacionais europeus teve uma organização militar tardia.  A formação de tropas terrestres com a necessária disciplina militar  voltada para os conflitos armados não aconteceu de... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | As Câmaras Municipais

    Os incentivos dados aos colonos provocou o povoamento da região a partir da segunda década dos seiscentos. Em seguida a Coroa portuguesa tratou de organizar e estabelecer o controle por meio da fundação das vilas.  Em menos de uma década três delas foram criadas: Taubaté (1645), Guaratinguetá (1651) e de Jacareí (1653).  Em todas elas foram instaladas um aparato administrativo, organizado por meio da instalação das câmaras municipais e provocavam o estabelecimento de uma gama de relações de poder e canalizavam os interesses políticos. As câmaras constituíam elemento para garantir a unidade da administração do reino português e ao mesmo... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | Uma sociedade desigual

    A sociedade nascente, como no restante da colônia portuguesa, era bastante hierarquizada e marcada pela desigualdade.  O historiador Maurício Martins Alves, ao estudar a organização social da vila de Taubaté no período demonstrou que “longe de igualitária, a sociedade taubateana foi marcada por profundas desigualdades na distribuição da riqueza”. (Alves, 1998, p.50.) Os indígenas, embora constituíssem a maioria da população era escravizada,  formando a base da economia regional.  Eram excluídos da participação na vida social e alijados de qualquer participação no poder político. Por outro lado, os brancos livres, organizados em torno de suas propriedades e fazendo uso do sistema... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | O contingente populacional

    Os homens e suas famílias que migraram do planalto paulista e do litoral para a região do Vale do Paraíba, na primeira metade do século XVII, passaram por um processo de adaptação.  Motivados pelos representantes da Coroa portuguesa se deslocaram em uma nova travessia provocada pelo movimento iniciado no século anterior. Estava explícito que era preciso avançar no processo de colonização. O migrante, aquele que realizava com ou sem a família a travessia via serra do Mar ou do planalto para o Vale do Paraíba, era atraído pela ocupação de nova área, pela busca do enriquecimento, pelo espírito de aventura,... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | A ordem senhorial escravista e mercantil

    Desde o início do século XVII a vila de São Paulo se firmou como polo do movimento de expansão colonial em direção ao interior do país. A vila agora compreendia a sua sede e um conjunto de sítios e fazendas ao seu redor, ampliou o contato com o litoral e avançou em direção ao interior, em várias direções.  Entre os anos de 1645 a 1661 foram criadas seis novas vilas na continuidade do movimento de expansão paulista.  Em direção ao Vale do Paraíba foram fundadas as vilas de Taubaté (1645), Guaratinguetá (1651) e de Jacareí (1653); próximo a São Paulo... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | Propriedade e escravidão

    A continuidade do movimento de expansão colonial, o crescimento da vila de São Paulo e de seu entorno, o estímulo à busca de metais preciosos pelos representantes da Coroa Portuguesa, o aumento e a diversificação da produção agrícola seguido do aumento da criação do gado ampliaram a demanda de mão de obra vinculando de modo irreversível a economia paulista a uma dinâmica interna de cunho senhorial e marcadamente escravista. Em decorrência, a mesma situação se estende para a região do Vale do Paraíba.  Nele, a posse da terra e o emprego da mão de obra indígena formaram a base da... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | Indígenas e brancos na vila de Taubaté

    A relação de indígenas com os brancos na então vila de Taubaté foi estudada pela historiadora Regina Kátia de Mendonça em sua obra sobre a Escravidão Indígena no Vale do Paraíba.  Nele aborda a questão de forma mais abrangente a partir de exaustiva e competente investigação nos inventários e testamentos do século XVII apresentando resultados interessantes e importantes para a compreensão do assunto. Nele, demonstra como ocorreu a exploração e os abusos sobre os indígenas sobre a condição de administrados.  A partir de então aponta que: “não mandam avaliar os índios, o que se avalia é a atividade que representam,... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | A produção agrícola e a cultivo do algodão

    A princípio a economia se organizou para atender o consumo local.  Não se prendeu como a economia paulista ao modo do sistema colonial voltado para a atividade agro – exportadora que lhe dava sentido e permitia estimular a acumulação de capitais sob a orientação do sistema mercantilista. Neste contexto e fora do setor primordial a novas áreas de produção  vão se localizando no interior da colônia, como o da região em  questão e eram consideradas áreas pobres, dependentes do sistema colonial como um todo. Assim pode se caracterizar a economia do Vale do Paraíba na fase de sua formação histórica... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | Administração colonial e mando local

    Brás Leme e seu irmão Mateus Leme, membros dessa importante família de povoadores da região ilustram a forma como as pessoas alcançavam prestígio e poder nas vilas nascentes. Eles eram primos de Domingos Leme, fundador da vila de Guaratinguetá, e fizeram parte do grupo dos primeiros povoadores da região que se fixaram entre as vilas de Taubaté até o posto avançado de Guaratinguetá.  Além de serem também primos do afamado Fernão Dias Pais Leme que passou pelo Vale do Paraíba em direção das Minas Gerais. Logo após a fundação da vila se transferiram da vila de São Paulo de Piratininga... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII |O predomínio da família dos brancos

    No Vale do Paraíba não houve a “indianização” da sociedade.  Houve sim, nos primeiros tempos, o predomínio do relacionamento entre os membros das diversas famílias que acorreram para o seu povoamento. As famílias dos Félix, dos Leme, dos Prados, dos Cabral e outras que se deslocam de outras regiões, especialmente do planalto paulista, em busca de terras e de melhores condições de vida.  Não houve espaço para aventureiros, como João Ramalho com sua prole numerosa, proveniente de seus relacionamentos com as diversas mulheres indígenas e outros que sem a presença da figura feminina despertavam para os prazeres da liberdade sexual,... (Leia Mais)
  • #tempodemovimento | Parte VII | As populações autóctones frente à expansão colonial

    O movimento de expansão paulista atingiu a região do Vale do Paraíba ao longo do século XVII e provocou a sua formação histórica no contexto do processo de colonização portuguesa. O colonizador que adentrou pelo Vale do Paraíba procurou garantir a posse, o domínio do território e a exploração de suas riquezas, via a região como um território para ser desbravado e colonizado. Para tanto, foi preciso se adaptar às condições impostas pela natureza e desenvolver formas de produzir cultura. Porém, toda a ordem por eles imaginada tendia a ignorar o outro, os habitantes que encontrassem deveriam ser subjugados, explorados... (Leia Mais)