#tempodemovimento | Parte VII |O predomínio da família dos brancos

No Vale do Paraíba não houve a “indianização” da sociedade.  Houve sim, nos primeiros tempos, o predomínio do relacionamento entre os membros das diversas famílias que acorreram para o seu povoamento.

As famílias dos Félix, dos Leme, dos Prados, dos Cabral e outras que se deslocam de outras regiões, especialmente do planalto paulista, em busca de terras e de melhores condições de vida.  Não houve espaço para aventureiros, como João Ramalho com sua prole numerosa, proveniente de seus relacionamentos com as diversas mulheres indígenas e outros que sem a presença da figura feminina despertavam para os prazeres da liberdade sexual, favorecendo a miscigenação.  Ao contrário no Vale do Paraíba foi diminuta a presença de filhos bastardos e da mestiçagem.

Mesmo com a submissão dos diversos grupos indígenas e a imposição da cultura europeia, houve a preservação de elementos da cultura dos povos submetidos à dominação colonizadora.

A presença indígena na região valeparaibana é assinalada pela denominação de locais como Taubaté, Guaratinguetá, Jacareí, Caçapava, Tremembé que serviram para designar os primeiros povoados e vilas da região.  No reconhecimento de bairros rurais como Itaguaçu, Tetequera, Embaú. No nome de rios como o do próprio  Paraíba, Paraitinga, Paraibuna, Una, Buquira, Pirapitingui; de acidentes geográficos como Itapeva, Mantiqueira e de regiões como Bocaina e Hepacaré, assim como na designação de nome da animais, de cobras, animais silvestres e de árvores, dos costume do uso da rede e do trato com a cerâmica.