#tempodemovimento | Parte IV – Manifestações artísticas e religiosas | O culto aos santos

Na vila de São Paulo e seus arredores, como em todo Brasil colonial, tornou-se comum o culto das imagens dos santos, tanto no âmbito familiar como no coletivo. Tais imagens podiam ser encontradas nas casas, no interior das capelas e das igrejas como também à beira das estradas e em locais preservados para a devoção popular.  As rezas e cultos às imagens dos santos de devoção podiam se estender além do núcleo familiar e abranger também os indígenas e agregados.

O culto às imagens, no imaginário paulista, possibilitava o acesso aos céus por intermédio dos santos de devoção.  As práticas religiosas permitiam reunir a comunidade em orações, penitências e durante os festejos da “festa do santo padroeiro”.  Uma religiosidade que se manifestava pelos fiéis por palavras e gestos menos complicados do que os executados pelos sacerdotes dentro da liturgia católica.

Em torno dessa religiosidade de cunho popular, leigo e espontâneo desenvolve um modelo comunitário de sociabilidade religiosa, avesso a hierarquias e capaz de aproximar o fiel ao seu santo de devoção e a ter com ele maiores intimidades.

Para saber mais:

– Visões da religiosidade católica no Brasil colonial.  Sergio Chahon

Disponívelem : http://www.simonsen.br/revista-digital/wp-content/uploads/2014/12/Revista-Simonsen_N1_Sergio-Chahon.pdf