#tempodemovimento | Parte VI – Vale do Paraíba – a construção da paisagem | Os vales

A partir de Cachoeira Paulista começa o vale médio inferior que se prolonga até a cidade fluminense de São Fidélis.  Na porção em território paulista o relevo é constituído por “terrenos cristalinos, bastante trabalhados por erosão epicíclica”  (Muller, 1969, 228) onde se distinguem a área da “soleira” e a das “garupas”.

A “área da soleira”, embora com altitudes modestas que variam entre 630 a 680 m. separa a bacia de Taubaté e a de Resende.  O rio Paraíba tem aí a sua “passagem heróica”. Essa característica geográfica impede a constituição de “um espaço contínuo” (Cardoso, 1991, p.99) e, com efeito, impede a constituição de uma unidade histórica para a região do Vale do Paraíba.

A Leste da “área da soleira” desenvolve-se ao pé da Serra da Bocaina  a  “área das garupas” que apresenta relevo movimentado formando os denominados “mares de morros”. A paisagem natural nesse trecho é formada “com novas colinas escalonadas de perfil arrendondado… estreitos terraços rochosos, muito recortados, dominando os vales encaixados e a raras planícies alveolares.” (Müller, 1969, p.229)

 

 

Para saber mais:

As paisagens urbanas. In MÜLLER, Nice Lecocq.  O Fato Urbano na Bacia do Rio Paraíba – São Paulo.  Rio de Janeiro: Fundação IBGE, publicação no. 23, 1969, p. 223 – 249.